"Ou a espécie humana aprende a
entrosar-se harmonicamente, ou desapareceremos da mesma forma que
desapareceram os grandes sáurios".
A visão cartesiana que ainda domina
grande parte do pensamento científico atual coloca-nos como observadores externos
da natureza. Os alvos são estreitos e o raciocínio linear. Mas o mundo não é
assim. Façamos um experimento mental: acaso seria possível um planeta cheio de
vida, como o nosso, mas no qual a vida estivesse constituída apenas por
animais, sem que existissem plantas? É claro que não. Por que não?
Mesmo aqueles animais que só se
alimentam de carne, como o leão ou o gavião, que carne comem? Eles comem carne
de animais herbívoros ou de animais carnivoros que comeram herbívoros. A coisa
sempre termina na planta. Porque termina na planta? Simples: a planta sabe
fazer uma coisa que animal nenhum consegue fazer. A planta domina a tecnologia
da fotossíntese: capta energia solar, retira do ar gás carbônico, que combina
com água para produzir substâncias orgânicas: CO2 + H2O + energia solar =
CH2O+O2.
Vamos agora inverter a nossa pergunta
inicial: poderíamos imaginar um planeta com vida, mas sem animais, só com
plantas? Impossível.
A fórmula da fotossíntese mostra
que o alimento principal das plantas é o gás carbônico. Mas ele é um gás raro
na atmosfera. Porque as plantas não esgotam rapidamente o gás carbônico?
Porque os animais dominam a outra ponta do processo, a tecnologia da
respiração, produzindo gás carbônico.
Veja a fórmula simplificada da
respiração: CH2O + O2 = CO2 + H2O. Exatamente o contrário da
fotossíntese.
A planta capta gás carbônico e entrega
oxigênio; o animal consome este oxigênio e devolve gás carbônico. O círculo se
fecha e a energia que toca esse carrossel é a radiação solar.
Planta e animal fazem parte da mesma
unidade funcional, são órgãos de um organismo maior, o planeta Terra.
Satyât Nâsti Paro Dharmah
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